O Overload de Informação deve ser muito bem cuidado para que não se torne seu inimigo na busca de suas vitórias e seu sucesso e jamais faça de seu cérebro um depósito de informações bagunçadas e perdidas.
A geração Y possui toda a facilidade e tecnologia em suas mãos, para que em um clique possa estar conectado com todo o mundo ao seu redor.
Contemplar essa maravilha quase nem chega dar tempo, pois em uma faixa pequena de tempo, o que parece tão inovador e recente acaba ficando ultrapassado e obsoleto sendo substituído por outra “inovação”. E assim o ciclo vai se repetindo!
Inovação é ótimo, tecnologia inovando o mundo para nos ajudar é o simplesmente maravilhoso. Mas existem alguns detalhes que devemos ficar atentos, para que isso tudo possa verdadeiramente tornar-se mais um aliado em nosso crescimento como pessoas. E neste momento, não estou falando de produtividade.
As vezes nem damos conta, mas nossos Emails e mensagens que nos lotam, ficam para depois e dizemos que demoramos para responder por causa da correria, mas será mesmo? Será que tanta correria justifica 99% de nossas respostas conterem essa desculpa?
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O excesso de informação que nos chega, transforma nossas mentes e pode sim ajudar nosso cérebro a construir uma base de conhecimento cada vez maior em nossa mente, mas também pode nos causar um estresse cerebral grande e tornar nosso pensamento cada mais acelerado e até mesmo um escravo dessa quantidade enorme de dados que chega o tempo todo.
A SÍNDROME DO PENSAMENTO ACELERADO
No livro “Ansiedade – O Mal do Século”, de Augusto Cury, ele nos apresenta um trabalho de anos de estudos que é chamado de SPA (Síndrome do Pensamento Acelerado). Caso tenha interesse em ver o próprio Augusto Cury falando deste assunto, pode dar uma conferida neste vídeo.
Especialistas dizem que a síndrome do pensamento acelerado não é uma doença, mas sim um sintoma vinculado a um quadro de transtorno de ansiedade. As pessoas mais vulneráveis geralmente são aquelas que são avaliadas constantemente por conta das suas obrigações profissionais, não podendo desligar um minuto sequer, caso contrário o trabalho é comprometido.
É comum entre quem tem a síndrome do pensamento acelerado ter a sensação de estar sendo esmagado pela rotina, com aquela impressão de que 24 horas são insuficientes para cumprir tudo o que você tem planejado para o dia. Há o sentimento persistente de apreensão, falta de memória, déficit de atenção, irritabilidade e até o sono alterado.
NÃO PROCESSAR AS INFORMAÇÕES
Quando se tem um turbilhão de coisas sendo agregadas para nosso cérebro, o coitado mal tem tempo de trabalhar com essas informações, mal consegue fazê-las terem um sentido prático, pois não consegue as compreender.
É como se estivéssemos enchendo de informações e dados um computador muito bom. Porém apenas estivéssemos colocando os dados, sem dar tempo para o computador nos dar um resposta. Um processamento de dados em um computador funciona de uma forma bem simples: A informação entra, é processada e sai com uma resposta.
Não deveria ser assim também em nosso cérebro?
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A informação entra, a gente trabalha com ela em nossos pensamentos (até mesmo para decidir se aquilo é útil e deve ser armazenado fixamente em nossa memória ou não) e depois deixa essas dados saírem ou ficarem, que no caso do nosso cérebro poderia ser a aplicação prática de algum novo aprendizado ou pelo menos a gravação e entendimento daquele assunto.
Este é um caso que inclusive pode afetar naquela questão da inteligência emocional, que falávamos neste artigo.
O QUE PODE ACONTECER
Se ocorrer essa questão toda de apenas agregar informações sem utilizá-las verdadeiramente em excesso, corremos um risco enorme de entrarmos em uma fase onde não sabemos mais como aprender. Achou estranho? Pense que aprender a aprender, é algo que inclusive vem sendo tratado por alguns estudiosos do cérebro humano, pois cada vez mais o Ser Humano desaprende a agregar informações e trabalhar com elas em seu cérebro.
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É aquela velha questão da escola, onde aprendemos diversas coisas e tudo o que não praticamos ou exercitamos nos deixam na mão. Vão embora do cérebro. Mas porque vão embora? Se já estiveram lá porque não continuam quietos e parados lá?
Porém cada vez mais se aplica a culpa ao Overload de Informação provocado pela enorme quantidade de dados que recebemos todos os dias. Não se esquece que você não pode querer passar por cima de sua própria maneira de pensar.
COMO TRABALHAMOS COM ESSE PROBLEMA ENTÃO
Tudo que for feito com excesso pode prejudicar, essa é uma afirmação que você poderá aplicar a qualquer ação que realize.
Comece aos poucos prestando atenção em si mesmo, caso esteja percebendo que seu tempo está ficando cada vez menor. Talvez não seja por excesso de informação no cérebro, e sim algum outro trabalho que esteja se dedicando ou estudo, e poderá colher ótimos frutos no futuro graças a esse esforço. Neste caso, persistência é a palavra certa para você.
Apenas tome cuidado para que você tenha controle seu feed de notícias, da internet, dos livros, dos jornais, das revistas, etc.
Algumas vezes, quando puder, dê um intervalo para seu cérebro, um descanso. Permite que ela compreenda tudo que obteve de informação e possa te ajudar a ser uma pessoa mais rica em conhecimento.
Aproveite toda a facilidade que temos de acesso à informação para aplicar em sua vida cada vez mais a tecnologia de uma forma útil, agradável e prazerosa.