Mesmo mantendo o trabalho de técnico, um profissional que passe para a carreira em W terá de desenvolver competências específicas de liderança de pessoas.
Cada vez mais a dinâmica das empresas se atualiza e grande parte destas atualizações e mudanças estão ligadas aos seus profissionais.
Nos sistemas tradicionais e clássicos de desenvolvimento de carreira, o caminho natural para crescer numa organização pede que os profissionais passem por diversos cargos, chegando à sua ascensão profissional em cargos de gestão cada vez maiores e com mais responsabilidades de liderança, deixando cargos técnicos “trancados” em suas funções e salários.
Com o desenvolvimento da inteligência empresarial e a evolução da informação, as gerações X e Y começaram desenvolver a percepção de que um técnico deve ter a possibilidade de tornar-se especialista e receber a mesma valorização a nível de cargo e salário que um diretor, sem necessariamente tornar-se um gestor.
Isso deu origem à carreira em Y, que divide a carreira entre especialistas técnicos e gestores, mas não os diferencia em níveis hierárquicos diretamente.
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Resumindo, a carreira em Y indica que no decorrer da carreira, chegará um ponto em que o profissional escolherá por onde deseja trilhar sua jornada profissional. Seja em uma carreira de especialista técnico ou de gestão.
Mas o que então a carreira em W vem a significar nesse contexto?
Significa que um técnico não precisa mais deixar de colocar a mão na massa para se tornar também um gestor.
Isso vai ao encontro da necessidade das empresas se tornarem mais eficientes e não perderem profissionais por falta de uma maneira de recompensá-los pelo bom trabalho.
São empresas tornando-se mais flexíveis.
A carreira em W é excepcional para o desenvolvimento de profissionais auto gerenciáveis, o que é uma tendência no mundo corporativo.
A metodologia prevê o crescimento profissional dentro da carreira em W devido ao seu dinamismo, onde temos empregado que está no cargo de Analista Jr. Financeiro e queira migrar para o cargo de Analista Jr. de Projetos, pode migrar.
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O mesmo ocorre com um ajudante de fábrica que queira fazer carreira dentro da área de TI em programação, também pode. Todos passam a ter oportunidade dentro de qualquer trajetória de carreira, tudo depende do preparo que o ocupante precisa ter para que possa migrar para os diversos cargos.
Visão sistêmica é um diferencial para qualquer profissional.
O importante não é ser um especialista, no mundo atual, é de suma importância que o profissional moderno tenha um repertório de conhecimentos, não basta apenas saber de finanças, é necessário conhecer as necessidades de outros departamentos, saber quais são seus objetivos e isso o quanto vai impactar no departamento financeiro.
Do lado das empresas, a carreira em W é uma maneira de reconhecer e aumentar a sensação de satisfação dos seus técnicos valorizando também seus gestores.
Esse tipo de atuação ainda gera dúvidas nos profissionais. Mesmo sendo uma mistura de gestão com especialização, muitos técnicos não têm certeza sobre se querem ou não ser líderes, ainda que mantenham suas funções mais práticas. Ao mesmo tempo que há uma quebra de paradigmas com esse tipo de carreira, é possível que os profissionais se sintam mais pressionados.
Há ainda o mito de que, para ser bem-sucedido, é necessário ter uma carreira gerencial a qualquer custo. Mas, dependendo de seu perfil, a gestão não é o melhor caminho e pode não lhe trazer satisfação pessoal. Aqui é necessário acompanhamento da empresa.
Resumindo, qualquer empresa pode desenvolver carreiras paralelas. Tudo dependerá do quanto o alto escalão dela considera importante ter pessoas aprofundando-se em área paralelas e distintas de conhecimento.
Sucesso, jovem!
Fontes ou inspiração para este post:
“Carreira em W de Rigaud“, Artigo de Roberto Pierre para o Portal Administradores.
“Gestor ou técnico? Os dois! Conheça a carreira em W“, Artigo de Bárbara Nór da Revista Você S/A.
“Depois da carreira em Y, empresas adotam a carreira em W“, Artigo de Mariana Segala da Revista Você RH.