Pare de burocratizar a inovação e pensar que isso é responsabilidade do setor de P&D. Pare de pensar que você é apenas um cargo e precisa esperar alguém te perguntar o que você acha. Mas como saber se minha ideia é boa o suficiente para inovar? Tem muita empresa que não conhece essa resposta ainda.
Inovação é uma palavra que cerca nossa vida e que certamente é uma das palavras que cercam você ao longo de sua carreira.
As novas gerações estão recebendo tantas novidades ao mesmo tempo e vendo tantas coisas mudarem juntas, que nem há tempo para ver tudo o que está sendo configurado e desconfigurado como novo ao redor do mundo.
Ao mesmo tempo que a inovação cerca nossa vida, vemos as consequências que ela traz consigo. Algumas coisas estão tão enraizadas e sendo feitas da mesma maneira há muito tempo, que qualquer sinal de mudança faz as pessoas tremerem e temerem o que pode surgir de novo e mudar o processo habitual de trabalho ao qual estão acostumadas. Um exemplo bem visível disso, principalmente em nosso país, é o efeito Uber. O Uber trouxe uma novidade para uma área que seguia a passos muito curtos o processo de inovação, e o resultado disso foi e está sendo uma barreira enorme de aceitação principalmente pela cultura tão tradicional que o mercado dos taxistas acabou criando.
Gosto de dizer que inovação se aprende. Penso isso porque inovação está diretamente ligado à geração de valor. Quando você propõe e provoca inovação em sua área de atuação, independente de qual seja, está provocando a geração de valor que isso pode causar com seus clientes.
Simples ideias novas, podem provocar a inovação!
“Inovação é a exploração com sucesso de novas ideias.”
– UK Innovation Report, 2003
É comum que as pessoas confundam inovação e processos de inovação com melhoria contínua e processos relacionados a esse tema. Para que seja caracterizada a inovação, é necessário que seja causado um impacto significativo na estrutura em que está sendo sugerida. Neste sentido, inovar significa a necessidade de criar caminhos ou estratégias diferentes aos habituais meios, para atingir determinado objetivo com grandes impactos em relação ao que já existe atualmente.
Obviamente, você pode ver que a ideia de inovação, no entanto, não deve ser pensada apenas como invenção de novos produtos, serviços ou tecnologias, mas também ao valor ou conceito que as ideias podem provocar em processos de gestão ou modelos de negócio, por exemplo.
Se pararmos para pensar, temos a chance de provocar inovação todos os dias em nossa rotina profissional. Como? Oferecendo ideias que possam provocar tal inovação com o que trabalhamos.
Ah, se eu deixei uma pergunta no ar, que bom…
Consegui o que queria para abrir meu subtítulo.
Veja também >> Sonhos x Resultados – A arte de fazer sonhos virarem realidade
Como saber se minha ideia é boa o suficiente para provocar inovação?
Quer uma resposta rápida? Gerar valor para o cliente final.
Rápida demais? Então vamos retomar o pensamento.
Agora que você já entende um pouco melhor o que é inovação em si e que simples contribuições e novas ideias podem provocar inovação, então já tem uma base para arriscar: Sugerir novas ideias.
Para contextualizar, vamos imaginar que você trabalhe em uma empresa de tecnologia que comercializa softwares para pequenas empresas do ramo de logística. Então, no dia a dia e vendo as necessidades do cliente, você percebe que acrescentar um “simples botão” no sistema fará com que vários cliques do cliente possam ser resumidos neste único clique.
Você também percebe que isso faz sentido para o cliente, pois este é um processo que ele precisa fazer repetidas vezes e a soma de tempo economizado no dia pode ser enorme.
Pronto, vamos pausar e pensar agora se essa ideia tem sentido para inovar?
Para pensar se uma ideia tem sentido para gerar valor, basta seguir exatamente a linha de raciocínio que o exemplo seguiu. Entender, antes de tudo, se isso pode gerar valor para o dia a dia do cliente que está trabalhando com o produto.
É assim que você precisa raciocinar para entender se suas ideias geram valor e se podem, realmente, ser ideias inovadoras.
Uma ideia só deve ser pensada como válida pra ser aplicada quando o problema do cliente final foi atendido. Você só provoca inovação se consegue atender às expectativas que um cliente, lá na ponta, tinha.
Então, como saber se sua ideia é realmente boa e provoca inovação? Agora já sabe a resposta. Pense no que o cliente precisa e não tenha medo de arriscar algo que ainda não foi tentado.
Veja também >> Como me tornar um jovem de sucesso
Fácil e simples, não? Nem toda empresa sabe disso
E se parece tão simples, não se confunda. Tem muita empresa que não conseguiu entender isso ainda.
Muito do tempo de trabalho de várias organizações está sendo desperdiçado com coisas que não foram pensadas para o cliente final.
Acontece que (muitas) organizações ainda não compreenderam como gerar valor para seus clientes e, principalmente, a importância que isso tem para seu negócio.
Vivemos em uma era em que a grande tendência é simplificar quando o assunto é inovação.
A geração de valor que o cliente quer ver não passa mais por acréscimo de funções que ele não utiliza em seus produtos, mas sim formas de simplificar o que ele faz hoje.
“…O próprio Uber não inventou nada novo precisando de anos de pesquisa em laboratório. Mas criou algo totalmente novo…
Conseguiu captar a ideia dessa frase?
A ideia é ser mais simples. Facilitar a vida do cliente com a inovação.
E não apenas dificultar as coisas para dizer na reunião do final do mês que “criou-se algo novo”.
Em alguns casos, é preferível tirar funções desnecessárias e que dificultam mais ainda a vida do cliente, ao invés de colocar mais pedras em seu caminho.
É até engraçado de ver: Reuniões são feitas, cronogramas enormes desenhados, burocracia enorme pensada, horas e horas de trabalho forte para apresentar o projeto. Aí tudo isso nem é percebido pelo cliente, que está precisando que necessidades muito mais importantes sejam atendidas.
Enquanto isso, um jovem estagiário da empresa percebeu que o cliente precisava muito de uma página em seu sistema que, ao invés de um relatório, lhe mostrasse um gráfico com seus resultados.
Quem inovou realmente e gerou valor? A empresa com a carga de trabalho de um mês que produziu “mais um acréscimo” ou o estagiário com uma ideia que realmente contribuiu com o cliente?
Veja também >> Brilho no Olhar – O Grande Diferencial
Inovação? Seja simples, e pronto.
Simples assim.
Aprendi a inovar.
Aprendi a gerar valor.
Aprendi a ser simples.
O que falta então?
Amigo, falta apenas ter coragem de arriscar. No nosso dia a dia temos várias ideias que são incríveis. Mas que deixamos passar simplesmente por ter receio de levar isso até um gestor de nossa empresa.
Te pergunto: Por quê!?
Por que ter medo de algo que pode mudar a vida do cliente de sua empresa e mudar a forma como sua empresa é vista por ele? Por que ter medo de algo tão brilhante que você pensou?
Deixe de lado o receio de que suas ideias sejam malucas. O cliente quer suas ideias malucas para não precisa ter que usar produtos malucos.
Pare de burocratizar a inovação e pensar que isso é responsabilidade do setor de P&D. Pare de pensar que você é apenas um cargo e precisa esperar alguém te perguntar o que você acha.
Viu um problema e pensou na solução? Resolva o problema!
Repito, é simples.
Inovar é resolver problemas.
Para gerar valor não precisa muito além de uma ideia.
Simples assim.