A China tem 3 planos ousados de crescimento para se tornar a maior economia do mundo. Conheça China 2025, China 2030 e China 2049.
China 2025
Introduzido em 2015, o grande plano visa transformar a base de manufatura da China de um fabricante de baixo custo para um produtor de alta tecnologia de ponta.
Entre eles estão tecnologia da informação, telecomunicações (5G), robótica avançada, inteligência artificial e novos meios de energia. Outros setores incluem engenharia aeroespacial, biomedicina e infraestrutura ferroviária de ponta.
Espelhando o desenvolvimento da Indústria 4.0 da Alemanha, esses setores são essenciais para a próxima revolução industrial, que se refere à reconciliação da computação em nuvem e tecnologias emergentes.
Seu plano expressa a necessidade imperativa de atualizar a economia chinesa, passando da montagem e produção de baixo custo para posições de maior valor agregado na cadeia de abastecimento global, impulsionado pela inovação e propriedade sobre tecnologias essenciais.
O aumento do escrutínio das aquisições de alta tecnologia nos países ocidentais reforça o argumento chinês de não depender da tecnologia ocidental.
Para complementar esse esforço, o Conselho de Estado do premiê Li Keqiang também propôs estratégias complementares que “integra a Internet móvel, computação em nuvem, big data e Internet das Coisas com a fabricação moderna”.
Mesmo que as todas as metas não sejam alcançadas, a iniciativa melhorará a governança econômica geral da China e fortalecerá seus setores financeiro, educacional, de saúde e manufatureiro.
O plano envolve substituir a dependência da China nas importações de tecnologia estrangeira por suas próprias inovações e criar empresas chinesas que possam competir tanto no mercado interno quanto no global.
O objetivo da China 2025 é empurrar a economia por meio dessa difícil transição e superar a chamada armadilha da renda média, na qual o crescimento se estabiliza à medida que os salários começam a subir, que tem atormentado muitos outros países em desenvolvimento.
China 2030
China 2030 é um extenso estudo da Economia da China publicado em 2012 pelo Banco Mundial.
O relatório é baseado na forte convicção de que a China tem potencial para se tornar uma sociedade moderna, harmoniosa e criativa até 2030.
Nos próximos 15 a 20 anos, a China estará bem posicionada para se juntar às fileiras dos países de alta renda do mundo. Os legisladores da China já estão focados em como mudar a estratégia de crescimento do país para responder aos novos desafios que virão e evitar a “armadilha da renda média”.
Para atingir esse objetivo, no entanto, a China deve mudar sua política e estrutura institucional.
A próxima fase de desenvolvimento da China precisará aproveitar seus pontos fortes consideráveis - grande economia, mão de obra abundante e cada vez mais qualificada e o potencial para uma maior urbanização – e capitalizar as oportunidades externas que incluem a globalização contínua, o rápido crescimento de outras economias emergentes dominar as novas tecnologias.
Ao mesmo tempo, a China precisará enfrentar uma série de desafios e riscos significativos, como o envelhecimento da sociedade, o aumento da desigualdade, um grande e crescente déficit ambiental.
China 2049
A China tem uma meta de se tornar uma das nações mais desenvolvidas do mundo até o seu centenário em 2049.
Para alcançá-la, nos próximos 30 anos ela irá estabelecer mais infraestrutura do que o resto do mundo em sua história, modernizando e tornando cidades mais sustentáveis, adotando tecnologia de ponta e encontrando novas maneiras de cuidar e alimentar seu povo.
Em 1921, a população da China era de 400 milhões e era um país necessitado sob a ocupação de várias potências estrangeiras. Ao contrário de 1949, quando a maioria da população chinesa era pobre e analfabeta, a situação em 2021 é totalmente diferente.
Nos últimos 72 anos, a China retirou cerca de 700 milhões de pessoas da pobreza e hoje a China é uma história de sucesso em termos de PIB, taxa de crescimento econômico, exportações, reservas cambiais e padrão de vida.
Se a China cumprir a meta até 2049, sua economia será o triplo da dos Estados Unidos.
É claro que a China é a próxima superpotência econômica do mundo. Mas o que não está tão claro é como a China chegará lá em meados deste século.
A principal responsabilidade das autoridades chinesas para avançar em direção ao seu “grande objetivo” 2049 é garantir um crescimento econômico sustentável e equilibrado contra o pano de fundo de várias questões internas.
Após décadas de degradação ambiental, a China está em busca de soluções sustentáveis e verdes para alguns de seus maiores desafios – como alimentar, fornecer energia e abrigar uma população de 1,3 bilhão de pessoas. Se tiver sucesso, mudará a face da China e redefinirá o futuro como o conhecemos.
David Dollar, Yiping Huang e Yang Yao têm um livro chamado “China 2049 que traz à discussão a seguinte questão: como a China reformará sua economia enquanto aspira se tornar a próxima superpotência econômica?
A China tem talento suficiente e a combinação política e institucional certa para transitar de uma economia orientada para insumos para uma economia orientada para a inovação?
O que o envelhecimento da população significa para o país em termos de oferta de trabalho, demanda de consumo e gastos com bem-estar social?
A China pode conter riscos ambientais e de mudança climática?
Como o sistema financeiro deve ser transformado para apoiar continuamente o crescimento econômico e manter os riscos financeiros sob controle?