A releitura do ser corporativo

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Cada vez mais as exigências para crescer em sua carreira mudam. Ficar atento e acompanhar as mudanças no mundo corporativo é a chave para sempre crescer.


Tenho acompanhado, nos últimos tempos, as exigências impostas para a admissão no meio corporativo. Muitas vezes o cargo pretendido exige, além da graduação, algumas competências essenciais e habilidades diversas. O que nos leva a refletir sobre a importância do desenvolvimento desta multifuncionalidade em nosso arsenal de conhecimentos.

Mas o que devemos fazer quando os recursos são escassos, para absorvermos toda esta gama de requisitos que necessitamos para o ingresso no mercado de trabalho?

Não precisamos, pois, de mágicas! Algumas bibliotecas públicas dispõem de excelentes obras para estudo. Muitos são os sites de acesso público para o aprendizado, nas mais diversas áreas.

Sim, isso é possível!

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Na era digital, falar-se em livros que não tenham o formato de Ebook é quase uma afronta. Entretanto, ainda há a necessidade de sentarmos com um destes manuais – ou vários destes – no colo, canalizando horas de estudo afim de preenchermos os currículos profissionais com diferenciais competitivos, tão buscados pelos setores de recrutamento e de seleção.

Percebo que, muitos que se consideraram com capacidades intelectuais acima da média são deficitários nas habilidades de trabalho em equipe. Não podem ser descartados pela empresa, é claro. Farão a diferença, naquelas horas em que uma ideia brilhante será a alavanca propulsionadora de soluções, impedindo a ruína organizacional.

Saindo do meio teórico e adentrando na prática, se o cargo sonhado exige a habilidade de negociação, a título de exemplo, a impaciência é um dos maiores inimigos de um negociador. A necessidade de fechar logo o negócio, alcançando pontos a mais para o desenvolvimento da empresa, ou a surrealidade criada por metas quase inatingíveis, deixa o iniciante, por vezes, perdido no meio do caminho de sua carreira.

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Em prol do sucesso na rotina laboral, deixo algumas dicas para que a concretização destes resultados seja possível:

  • Treine não somente seus conhecimentos. Cultive a paciência, a flexibilidade, a resiliência, o dinamismo, a capacidade de adaptação nas mais diversas situações, buscando sempre uma via que seja benéfica para o coletivo. Isso não nos torna super-heróis. Tornamo-nos super profissionais, aptos na alta performance daquilo que a corporação espera de cada um de nós;
  • A ZOPA – Zona Possível de Acordo – é um ambiente no qual a assertividade impera e a agressividade inexiste. Mesmo que não concorde com alguns pontos, tanto no momento do processo seletivo, quanto naqueles em que já estiver efetivado (a), a busca de pontos em comum é sempre a melhor via a percorrer. Pense que poderá perder – sendo líder – grandes talentos, pela simples falta de habilidade para contornar a situação;
  • Faça concessões. Não há nada de mais no fato de ceder! A rigidez de opiniões propicia um ambiente tenebroso a negociações e resultados tangíveis. Tente entrar naquele ponto de equilíbrio, sempre! “Quedas de braço” ocorrem no meio esportivo e nas corporações. Assim, não há perdedor ou vencedor: apenas Vencedores!
  • Use a ética como norteadora de sua conduta. A credibilidade é uma roupagem maravilhosa diante dos clientes. De nada adianta o conhecimento de todas as boas técnicas de vendas, convencimento e persuasão, se não formos éticos. Cada vez mais, o mundo repudia estelionatários de valores.

Finalizando, deixo aqui uma mensagem, já conhecida por muitos, contudo sempre atual:

Gansos

Duas vezes por ano, cinco milhões de gansos enfrentam uma verdadeira maratona. Durante três meses, percorrem mais de cinco mil km, migrando das regiões árticas para lugares mais quentes e voltando novamente na primavera para procriar.

A motivação para essa jornada é garantir a própria vida. O ambiente é de cooperação. Em grupo, adotam uma formação em V na qual todos se beneficiam do impulso gerado pela batida das asas de seus companheiros. Assim, o trabalho de cada animal facilita a vida de seus companheiros.

Todos dão o máximo de si para alcançar o objetivo. Quando está voando sozinho, o ganso sente a resistência do ar e se cansa rapidamente. O trabalho de cada um é valorizado. Quando o ganso que lidera o grupo cansa, rapidamente outro chega para ajudá-lo, ocupando o seu lugar. Quando um animal fica doente, gansos saem da formação e o acompanham para protegê-lo.

Voando na formação em V, os gansos fazem um grande barulho. O objetivo? Animar os companheiros e manter o ritmo.

Que consigamos levar este exemplo para a vida, pessoal e corporativa!

Cláudia Martins

Cláudia Martins é especialista em Gestão de Negócios e Bacharel em Direito. Organizadora de eventos/palestras e escritora de diversas temáticas para a Geração Y.

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